Nunca se empregam os homens na luz que vêem, senão nos defeitos que a luz lhes mostra.
António Vieira
O amor deixará de variar, se for firme, mas não deixará de tresvariar, se é amor.
António Vieira
O amor em matéria de ausência, se é sofrido, não é grande; se não é impaciente, não é amor.
António Vieira
O amor essencialmente é união e a união não pode unir um extremo, sem que una também o outro.
António Vieira
O amor fino não busca causa nem fruto. E não pode haver mais fino nem mais provado amor que aquele que entrega o coração e fecha os olhos. Entregar o coração com os olhos abertos é querer a vista por prémio do amor; entregar o coração com os olhos fechados é não querer no amor nem o prémio da vista.
António Vieira
O amor acredita-se no supérfluo: quem ama pouco, contenta-se com o que basta: quem ama muito, contenta-se com o que sobeja; e quem ama mais que muito, nem com o que basta nem com o que sobeja se contenta, ainda sobe mais, ainda passa mais adiante.
António Vieira
O amor depois da perda vê-se na dor; antes dela, no receio.
António Vieira
O amor é o preceito; a correspondência, a obrigação; o amar, império; o ser amado, obediência.
António Vieira
O amor essencialmente é união, e quanto mais une ou procura unir os que se amam, tanto maiores efeitos tem, e tanto maiores afectos mostra de amor.
António Vieira
O amor não é união de lugares, senão de vontades; se fora união de lugares, pudera-o desfazer a distância, mas como é união de vontades, não o pode esfriar a ausência.
António Vieira